Jigokudani: descubra por qual motivo os macacos-japoneses gostam de ficar no onsen além de fugir do frio

Com toda a certeza você já ouviu falar dos macacos-japoneses que gostam de se banhar em onsen no Japão. Alías, já falamos sobre eles por aqui, se não viu, leia: Conheça o Jigokudani Monkey Park no Japão

Fato é, que muito se especulava sobre os motivos dos macacos ficarem no onsen. Obviamente um deles era fugir do frio rigoroso do Japão, afinal, as temperaturas chegam a ser negativas.

Se você der uma olhada nas fotos dos macacos do parque, notará a expressão de relaxamento, com olhos quase fechados ou cabeça para trás. Assim como um humano faz quando relaxa na água quente.

Banho relaxante

Pois é, não à toa. Cientistas da Universidade de Kyoto descobriram que os macacos-japoneses entram para aliviar o estresse.

Através das fezes coletadas, mediu-se o hormônio glicocorticóide, produzido quando os macacos sentem estresse, especialmente quando são submetidos ao frio intenso.

Para quem não sabe, existe uma ordem hierárquica interna dentro dos grupos e isso influencia o tempo e permite a entrada dos macacos.

Jigokudani

Resumidamente e se entrar em termos técnicos, os mais importantes podem ficar mais tempo se banhando. Tem alguns que podem apenas observar do lado de fora, geralmente ficam abraçados para suportar o frio intenso.


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Por isso, os resultados da pesquisa mostraram que os níveis do hormônio do estresse era menor nas fezes daqueles que se banhavam mais tempo, se comparado com as fêmeas que não podiam entrar ou ficavam menos tempo. Os dados foram coletados de 12 fêmeas adultas por três meses.

Como surgiu o Jigokudani?

De acordo com o os registros oficiais do parque, em 1957 um funcionário da empresa de transportes coletivos Naganos Eletric Railway, Sogo Hara, trabalhava na estação de Dentetsu.

Enquanto caminhava pela região de Jigokudani (Vale do Inferno), Hara observou um bando de macacos-japoneses dentro de uma fonte termal.

Sogo se maravilhou e naquele momento, o simples funcionário da empresa de transporte decidiu fundar um parque para os macacos e dividir o momento com mais pessoas.

A visita de Sogo Hara a Jigokudani, sem dúvidas, foi obra do destino, do karma e da compaixão. Pois, além de sua vontade, a população enfrentava problemas com os macacos na região.

A partir de 1952, diversos teleféricos para esqui foram construídos na região de Shiga Kogen e como resultado o habitat dos macacos foi reduzido. Eles começaram a procurar alimento nas fazendas e comércios locais.

Além de entrar nas fontes termais do hotel Korakukan, porém, por questões de privacidade e higiene, a coexistência entre os humanos e nossos primos primatas era impossível. Por isso, ele propôs uma solução e o parque foi construído.