Pesquisa revela que os jovens adultos japoneses não desejam viver a expectativa de vida do Japão

A maioria das pessoas chamaria a famosa expectativa de vida longa do Japão de algo ótimo. Mas para algumas mulheres do Japão isso é mais do que elas esperam viver. Saiba mais!

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Keiro no Hi

Nesta segunda-feira, trabalhadores e estudantes do Japão tiveram um dia de folga, o “Dia do Respeito aos Idosos”, ou “Keiro no Hi”, como é chamado em japonês.

Este feriado anual é uma forma de celebrar o respeito aos idosos e reunir a família para desfrutarem uma refeição juntos.

No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pela seguradora MetLife, uma grande parte dos jovens adultos no Japão não está muito ansiosa para chagar sua vez de ser homenageado nesta data.

A empresa entrevistou 14.100 pessoas com idades entre 20 e 79 anos. E entre as perguntas estava a seguinte: “Até que idade você quer viver?”

Para os entrevistados do sexo masculino, entre 20 e 29 anos, a resposta média foi de 78,1 anos. Enquanto que para as mulheres nesta faixa foi de 76,9.

Alguns ainda diriam que esses números também são indicativos de uma vida longa e plena. No enanto, ambos estão muito aquém da expectativa média de vida no Japão. Que era portanto, em 2017, de 81,09 para homens e 87,26 para mulheres.

Em outras palavras, os jovens adultos japoneses que foram entrevistados não querem viver o tempo que estão propensos a viverem. E as mulheres terão ainda mais de uma década de tempo indesejado preso à sua mortal existência.

Expectativa de vida elevada

Porém, isso não significa necessariamente que os homens e mulheres japoneses na faixa dos 20 anos já estejam desejando a morte.

Talvez, apenas indique como as atitudes perante a vida e a idade mudam à medida que passamos por diferentes fases de nossas vidas.

Isso porque, quando foram perguntados sobre se queriam ter uma vida longa, sem qualquer definição específica de tempo, o grupo menos entusiasmado era, na verdade, os participantes entre 50 e 59 anos, com 47,7% dizendo que não desejavam a longevidade.

Essa foi a faixa etária portanto, mais negativa da pesquisa (a média para todo o grupo foi de 41,2%). Isso indica que os entrevistados mais jovens, pelo menos em comparação ao grupo de 50 a 59 anos, têm um desejo um pouco mais forte de ter uma vida longa.

Também é importante notar que apenas 38% dos entrevistados com idade entre 60 e 79 anos disseram que não queriam uma vida longa. Uma proporção menor do que qualquer outro grupo.

Analisados ​​em conjunto, esses números mostram que o desejo de viver bastante começa moderadamente alto. Mas depois diminui à medida que as pessoas amadurecem. Isso talvez tenha ligação com crescente pressão da vida adulta.

No entanto, esse anseio por uma vida longa se eleva novamente, tornando-se mais forte do que nunca com a velhice. O que nos sugere então, que o estágio mais doce da vida chega com a aposentadoria.

Portanto, embora os jovens adultos da pesquisa talvez não queiram envelhecer agora, uma vez que tiverem a chance vão querer continuar envelhecendo.

Fontes: Konkatsu52 / Niconico News  via SoraNews24