Seguindo o exemplo das olimpíadas e paraolimpíadas de inverno de 2010 em Vancouver, o Japão decidiu utilizar como matéria-prima aparelhos celulares velhos para confeccionar as medalhas para as Olimpíadas de Tokyo 2020.
A ideia dos membros do comitê olímpico japonês foi repassada ao governo e a empresas do país em 2016.
A campanha convida os cidadãos japoneses a doarem aparelhos velhos, quebrados ou que não estejam mais em uso.
“Um projeto que permita as pessoas do Japão de fazerem parte no processo de criação de medalhas é muito bom”, afirma Koji Murofushi, diretor de esportes Tokyo 2020
“Existe um limite de recursos naturais em nosso planeta, então reciclar os aparelhos nos fará pensar no meio ambiente” continuou.
Praticamente todos os aparelhos eletrônicos possuem componentes de metais preciosos raros, como ouro, prata, bronze, níquel, platina, paládio e cobre.
As olimpíadas são o maior fenômeno esportivo do mundo com a maior audiência. A atitude pode realmente inspirar os bilhões de espectadores.
Além disso, pode contribuir também para o problema do lixo eletrônico no Japão. O país possui uma rígida política de reciclagem com multas pesadas para infratores.
Apesar da ideia muito boa o projeto é ousado. A campanha espera conseguir com as doações duas toneladas de ouro, prata e bronze para produzirem 5 mil medalhas.
Considerando que a quantidade do material nos equipamentos eletrônicos são pequenos, imagine a quantidade de celulares para atingir a marca.
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O projeto não visa somente o meio ambiente, outro objetivo é a redução de custo nos já pesados investimentos para as olimpíadas.
A projeção de custos para o Japão dos jogos de 2020 em Tóquio gira na casa dos 16,8 bilhões de dólares, economizar 2 toneladas de ouro, prata e bronze é um ótimo negócio.
O investimento em infraestrutura na capital japonesa para os jogos olímpicos será herdada aos japoneses após o termino dos jogos, a já bela e sofisticada cidade ficará ainda melhor.
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