Você usa app de hospedagem para ir ao Japão? Fique atento, a lei pode mudar em breve

O Japão pode não ser considerado um país aberto para a permanência de estrangeiros, mas é muito hospitaleiro e respeitoso com os turistas. Para os visitantes, há diversas opções de hospedagem, incluindo os alojamentos domiciliares. Porém, uma lei imobiliária deve mudar essa realidade.

Hoje em dia, os aplicativos de hospedagem, como por exemplo, o Airbnb são comuns e famosos no mundo inteiro. No Japão, esses serviços significam a fonte de renda para muitas pessoas.

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Uma nova lei substituirá o Minpaku (lei temporária do inquilinato privativo). O minpaku foi a primeira lei imobiliária da Ásia que permitia contratos de compartilhamento doméstico de até 180 dias.

O que muda?

Se aprovada, em vez de ajudar, a lei dificultará a vida de quem encontra na locação doméstica uma fonte de renda. Em suma, a proposta apresentada pelo governo restringe o direito dos cidadãos japoneses de receberem turistas em suas casas de forma comercial.

Muitas cidades adotaram certas restrições imobiliárias antes mesmo da nova legislação ser aprovada. Em Kyoto, o período que as pessoas poderão hospedar (hospedagem doméstica) estrangeiros está restrito entre 15 de janeiro a 16 de março.

Ou seja, na estação mais procurada (primavera e outono) está proibido locação Airbnb na cidade. Em Shibuya, só é permitido durante as férias escolares para que as crianças não encontrem com estrangeiros durante o trajeto para a escola.

Uma japonesa usuária do aplicativo Airbnb já não pode mais receber turistas, pois o prédio onde mora proibiu o serviço em suas dependências.

Para Mika de 53 anos que não quis divulgar seu sobrenome em entrevista para o Japan Today, além da renda, com o aplicativo ela foi capaz de conhecer outras pessoas que sem ele, não seria possível.

Assim como ela e outros anfitriões que utilizam aplicativos de hospedagem, trocar a atual forma de contrato para um mensal significam em números uma perda de até dois terços no valor.

São aproximadamente 62 mil pessoas em todo Japão cadastrados no Airbnb e mais de duas mil na concorrente japonesa Hyakusenrenma. Além disso, a maioria compreende que a mudança beneficiará as grandes e tradicionais redes hoteleiras do país.

Para eles, o argumento do governo sobre a segurança não é satisfatório. Assim que promulgada, a Aribnb irá se submeter as leis japonesas e mudar seu site até junho de 2018.

Chegou a ficar no Japão através do Airbnb? Deixe um comentário.

Fonte: Japan Today