Rendição na II Guerra do Japão ainda causa debates

Os fatos que levaram a derrota e rendição na II Guerra são amplamente discutidos entre certos grupos de historiadores.

1945

A marinha e a força aérea estavam quase destruídas no verão de 1945. Os bombardeios deixaram as cidades desvastadas e a população sem comida, água e remédios.

No final de junho, os americanos tomaram Okinawa e estrategicamente dava possibilidades em invadir as próximas regiões importantes.

Rendição incondicional

No dia 26 de julho, os Aliados mandaram um aviso ao Japão pedindo sua rendição incondicional de todas as forças armadas. Caso o país não fizesse isso, seria inevitável a devastação de todo o Japão.

Dois dias depois, o primeiro ministro Kantaro Suzuki não deu importância a exigência e comunicou a imprensa internacional.

Em 6 de agosto, o presidente dos Estados Unidos Harry Truman deu autorização para usarem a bomba nuclear em Hiroshima. 80,000 pessoas morreram.

Após o ataque, a suprema corte da guerra se reuniu e a maioria votou a favor da rendição, mas houve uma parcela que resistiu ao termo incondicional.

URSS declara guerra

Então, outro fator negativo aconteceu. No dia 08 de agosto, a URSS declarou guerra ao Japão. No dia seguinte, eles invadiram Manchuria enfraquecendo as posições japonesas.

Entre os dias 6 e 9 de agosto o exército vermelho derrotou o exército japonês e liberou o norte e nordeste da China, Mongolia, Liatung e Coreia.

No dia 10 de agosto, a Mongólia declarou guerra ao Japão, enquanto a URSS bobardeava Harbin, Changchun e Jilin. As embarcações japonesas de Yuki, Rashin e Seishin foram atacadas também.

Além disso, uma segunda bomba foi lançada sob Nagasaki. Um pouco antes da meia noite, o Imperador Hirohito convocou a corte.

Eles decidiram se render, mas com a condição que o Imperador não perdesse seus poderes. Três dias depois, os Estados Unidos exigiram que a rendição fosse incondicional e o Japão ficasse sujeito a corte dos Aliados.

O Imperador Hirohito declarou que preferia a paz a destruição. Por isso, iria aceitar a rendição incondicional e foi as rádios no dia 15 de agosto de 1945. Três milhões de japoneses morreram no decorrer da guerra.

Outras versões

Alguns historiadores contestam essa versão histórica. Tsuyoshi Hasegawa é um deles. Historiador da Universidade da Califórnia, ele afirmou que a invasão da URSS teria levado a rendição a não as bombas atômicas.


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Richard Rhodes, autor e ganhador do prêmio Pulitzer sobre as bombas atômicas afirmou que estava covencido da teoria de Hasegawa. Ele sugere que não sabemos os motivos de como as coisas caminharam.

Gar Alperotvitz levantou outra teoria que o Japão já estava preparando para se render antes das bombas e estava tentando um acordo de paz com a URSS. 

Os debates continuam até os dias de hoje, tentando desvendar con contestar o que aconteceu com o Japão em agosto de 1945.

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Fontes: Japan Times, Boston, Sputnik, Atomic Heritage.