Fatos curiosos sobre a Yakuza

A Yakuza é a máfia japonesa, como se fosse um sindicato de crime organizado, ainda que seu papel no Japão seja um pouco diferente das máfias de outros países.

Primeiro, eles não são considerados criminosos no Japão, pois não é ilegal participar de uma gangue no país. Porém, muitas de suas atividades são ilícitas, apesar de terem também negócios legítimos.

Conheça alguns fatos curiosos sobre a maior gangue do Japão, a Yakuza.

Sokaiya

Yakuza

Sokaiya é uma das muitas atividades ilegais da Yakuza, o suborno é uma delas. Primeiro, eles compram ações de uma empresa, o suficiente para alguns membros se infiltrarem nas reuniões de negócios e eventos.

Depois, eles fazem uma minuciosa investigação sobre o CEO da empresa ou de funcionários importantes, para descobrirem seus podres.

Com as informações em mãos, eles podem chantageá-los o quanto quiserem. A extorsão pode ocorrer de diversas formas, não apenas pelo pagamento em si.

Na década de 80, sokaiya estava tão fora de controle, que o Japão o instituiu como ilegal para controlar a situação.

É considerado crime aplicar o golpe e se a vítima ceder também. Quase todos os executivos pagavam o suborno, para evitarem serem envergonhados em público.

Não é de hoje que o parlamento japonês implementa leis para ações específicas da Yakuza, seus golpes e meios de ganhar dinheiro são incontáveis.

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Boicote dos EUA a Yakuza

Em tentativa de combater o poder da Yakuza nos EUA, o governo americano aplicou algumas medidas.

Eles congelaram os negócios em seu território dos líderes Kenichi Shinoda e Kiyoshi Takayama, além de colocar uma multa para quem negociasse com eles ou algum membro da Yakuza.

Trabalhos solidários

O líder do maior grupo interno da Yakuza, Kenichi Shinoda vive afirmando que a organização ajuda o país. Entre seus argumentos, diz que o Japão entraria em caos sem a ordem imposta pela gangue e sua ajuda em tempos difíceis.

Shinoda, sempre empodera a importância da máfia no Japão e faz alguns trabalhos voluntários, conseguindo empatia por parte da população.

Em 2011, quando o Japão sofreu um devastador terremoto, a Yakuza foi uma das primeiras a ajudar nas áreas afetadas com kits de primeiro socorros.

No terremoto de 1995 em Kobe, eles também mobilizaram esforços para entregar toneladas de suprimentos para a população usando barcos e helicópteros.

Negócios legítimos

A Yakuza também tem negócios legítimos no Japão, e de tempos em tempos, isso causa alguma repercussão.

Alguns meses depois do terremoto de 2011, empresas construtoras da máfia japonesa disputavam licitações do governo para reconstruir alguns prédios destruídos.

Eles ainda possuem negócios na área da construção, entretenimento, mercado imobiliário, câmbio, indústrias de TI e mercado financeiro.

Revista interna

O maior grupo da Yakuza, Yamaguchi-gumi tem até uma publicação em forma de revista, distribuída entre seus membros 28,000 oficiais, com artigos sobre pesca, poesia e notícias.

Essa notícia vazou no Japão e causou grande repercussão na mídia, e dizem que foi de propósito. Um dos maiores grupos da máfia queria passar uma imagem sofisticada e não violenta para o público, além de fidelizar seus integrantes.

Yubitsume

Yakuza

A prática de decepar dedos como forma de punição ainda acontece. Por causa dela, alguns membros têm dificuldades em interagir na sociedade e acabam ainda mais marginalizados pela sociedade.

Por causa disso, empresas com protótipos de dedos cresceram no Japão.

Processos contra a Yakuza

Yakuza

Os métodos ilegais para ganhar dinheiro são incontáveis, entre eles está o Mikajimeryiou. Essa prática acontece contra os donos de comércio, de bares, restaurantes e estabelecimentos. Eles são obrigados a pagar um valor em troca de “proteção”.

Se o dinheiro não for pago, a própria Yakuza boicota o estabelecimento, fazendo ataques e dando prejuízos até tornar o negócio insustentável.

Uma dona de um bar no Japão, tomou coragem e resolveu processar o dono do grupo Yamaguchi-gumi, Kenichi Shinoda. Ela pediu 17 milhões de ienes, por conta do Mikajimeryiou.

A mulher disse ter desembolsado entre 30,000 a 100,000 ienes por mês, entre 1998 e 2010.

Essas foram apenas algumas curiosidades sobre a máfia japonesa Yakuza. São muitas histórias de escândalos e polêmicas envolvendo o maior grupo de crime organizado do Japão.