Pais estrangeiros de crianças japonesas lutam para ver seus filhos

Existe uma realidade muito triste no Japão em relação a briga de custódia de crianças por pais estrangeiros. Entenda mais.

Disputas

Tem muita gente que diz que para se conhecer alguém de verdade, é preciso se divorciar. Homens e mulheres antes amorosos e apaixonados podem ser tomados pela raiva, mágoas, angústia e fúria e quem sofre são as crianças.

Além disso, em relacionamentos em que pais sejam de nacionalidades diferentes, essa situação fica complicada. Quando o pai é estrangeiro e a mãe é japonesa a situação pode ficar mais difícil ainda.

Muitos pais estrangeiros não entendem que irão perder o direito da custódia, inclusive, de visitas. As leis japonesas protegem a criança de ser levada, pois pode se encaixar em sequestro.

Sem direitos

Um dos exemplos é do frânces Emmanuel de Fournas. Ele passou anos em processo judicial tentando ver sua filha depois que sua ex-esposa se mudou de volta para o Japão.

Outro caso é o de Walter Brenda, que apenas viu suas duas filhas uma vez em 23 anos com ajuda de um detetive particular.

As leis japonesas não o ajudaram muito, sua esposa fugiu com suas filhas de sua casa em Chiba em 1995 e desde então vive em desespero.

Apenas em 2017, foram registrados 9 casos envolvendo 13 crianças nos Estados Unidos e apenas cinco foram resolvidos.

Apesar da convenção de Hague ter sido implementada em 2014 para ajudar a resolver estes casos, na prática ela não tem sido muito útil.

A mídia internacional tem alguns casos marcantes, como a situação de uma mãe japonesa que viajou ao Japão com seus quatro filhos prometendo voltar aos Estados Unidos no mês seguinte em 2014. Nunca mais voltaram.

Então, o pai apelou para a convenção e a corte de Osaka decidiu que as crianças deveriam voltar para casa nos EUA.

Leia também

Jido yogo shisetsu: a triste realidade da adoção no Japão

Conheça os motivos que levam a adoção de adultos no Japão

Bruce Hollywood encontrou sua mãe biológica no Japão e sua vida mudou para sempre

Então, a corte descobriu que a criança mais velha de 11 anos de idade na época queria ficar no Japão e separá-los dos seus irmãos de 6 anos iria causar um trauma e isso afetaria a condição psicológica das crianças. E nesses casos, não há muito o que fazer.

Essas situações já causaram debates internacionais e dividem opiniões. De um lado, pais de outras nacionalidades lutando para ver seus filhos de mãe japonesa.

Não deixe de se inscrever em nossa newsletter ou receber conteúdos pelo messenger.

Fontes: Japan Times, Asis News, ABC, The New York Times.